Bando de rodolitos com mais de 5 mil metros quadrados foi revelado por pesquisadores na Ilha das Couves
Pesquisadores do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (IMar/Unifesp) revelaram um banco de rodolitos com mais de 5 mil metros quadrados na Ilha das Couves, Ubatuba, município do litoral norte de São Paulo. Rodolitos são nódulos formados por algas calcárias que quando em grande quantidade formam um dos mais diversos habitats marinhos da plataforma continental brasileira. Os primeiros indícios da ocorrência desse novo habitat foram obtidos durante as atividades impostas à Petrobras na região, como parte do processo de licenciamento do Pré-Sal, Etapa 3.
Durante a análise dos relatórios apresentados, técnicos da Fundação Florestal se surpreenderam com os indicativos da presença de um habitat tão importante e ainda nunca registrado, em águas tão rasas, com cerca de 6 metros de profundidade, em um dos locais mais visitados do Litoral Norte. “No momento em que nossos técnicos se depararam com tal informação refletimos o quão importante é o nosso trabalho, tanto na análise de impactos ambientais quanto no estabelecimento de condicionantes. Estas quando bem executadas constituem ferramenta de grande valor para a conservação da biodiversidade”, explica Diego Hernandes, biólogo e diretor regional da Fundação Florestal.
Para corroborar os primeiros indícios da ocorrência desse banco de rodolitos, a Fundação Florestal entrou em contato com pesquisadores do Instituto do Mar da Unifesp que, no início de março realizaram uma visita técnica no local e confirmaram a ocorrência desse novo e importante atributo ecológico do litoral paulista. Os resultados da visita acabam de serem publicados em uma Nota Técnica Conjunta entre o IMar/Unifesp e a Fundação Florestal.
“Sermos reconhecidos como uma instituição competente e sempre disposta a contribuir com outras instituições, em prol da ciência e conservação marinha, é a nossa missão e esse é mais um exemplo que a recente criação do nosso instituto foi uma politica acertada”, comenta o Dr. Igor Medeiros, diretor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo, criado há cerca de dez anos.
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