Vencedor das três últimas etapas da WSL disputadas em Saquarema, campeão mundial diz que competir no Brasil é diferente do que qualquer lugar do mundo. Janela começa nesta sexta
Por Flávio Dilascio — Rio de Janeiro
Confira a entrevista com Filipe Toledo:
Existe muita diferença entre competir no Brasil ou em outro país? A torcida brasileira presente na areia e nos palanques influencia no seu surfe?
Com certeza! Não existe nada igual em outro país. Aqui a torcida cola em peso, joga nossa confiança lá em cima e coloca muita pressão nos nossos adversários. Se você não estiver focado, vai sentir a pressão da torcida brasileira. Isso nos motiva muito, tanto que na última edição de Saquarema as semifinais foram 100% brasileiras pela primeira vez na história do circuito. Com isso, nós conseguimos perceber como esse fator casa faz total diferença.
Qual a sua expectativa para o Rio Pro, etapa na qual você é o atual tricampeão?
As expectativas para a etapa do Brasil são sempre as melhores. Nós, brasileiros, ficamos muito ansiosos para competir dentro do nosso país. É tudo muito diferente do que qualquer lugar do mundo, é sempre especial voltar para a nossa casa. Espero poder manter a consistência dos meus resultados aqui no Rio de Janeiro, dos últimos anos, chegar a mais uma final e me consolidar entre os cinco melhores no ranking. Quem sabe, sair do Brasil com a lycra amarela.
Você tem quatro títulos no Rio Pro (três em Saquarema e uma na Barra da Tijuca). Como você explica essa sua facilidade para surfar na etapa brasileira?
Olha, eu acredito que me sinto muito confortável em surfar aqui no Brasil. Acho que são diversos fatores que influenciam, como o clima, a atmosfera, a confiança pelos bons resultados, além do meu estilo de surfe encaixar muito bem com a onda de Saquarema.
Filipe Toledo com o troféu da etapa de El Salvador — Foto: Beatriz Ryder/World Surf League
Ano passado você trouxe toda a sua família para Saquarema. Este ano eles estarão de novo? Qual a importância de tê-los perto de você?
Sim, estarão comigo. É fundamental para mim ter minha família e pessoas que amo por perto. Eles me acalmam, me dão segurança e são meu ponto de paz. Dentro do turbilhão de emoções durante as baterias, eles são importantíssimos para me manter focado nos meus objetivos.
Além do líder Griffin Colapinto, quem são os seus principais adversários na luta pelo título do Circuito Mundial 2023?
Eu tenho muitos adversários na disputa pelo título. O nível do CT está cada vez melhor. Não podemos descartar nunca os brasileiros, Gabriel, Ítalo e Chumbinho, além do Griffin, Ethan Ewing, Jack Robinson. Todos são excelentes surfistas e também brigam pelo título. É difícil ranquear os principais, é tudo muito aberto, tudo pode acontecer.
Como você avalia a ascensão do Chumbinho no Circuito Mundial? É um cara que veio pra ficar entre os tops do mundo?
Sim! O João tem um futuro brilhante pela frente, já é uma realidade dentro do circuito mundial. Ano passado, ele já estava surfando muito bem, mas deu azar por cruzar com os melhores do mundo logo de cara. Neste ano, ele está bem mais maduro e batendo de frente com qualquer surfista. Acredito que se ele manter o nível, vai dar bastante trabalho nos próximos anos. Ainda vamos incomodar bastante os gringos.
Você é considerado o Rei do Rio, mas é paulista. Como lida com isso?
Eu ganho sempre no Rio, porque não existe uma etapa em Ubatuba (risos). Brincadeiras à parte, eu gosto muito de surfar em Saquarema. É uma onda legal, uma energia contagiante e um lugar que eu me sinto cada vez mais em casa.
FONTE........... https://ge.globo.com/surfe/wsl/noticia/
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