Padre Anchieta
As negociações de paz só vieram a acontecer pela interferência dos padres José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, que se encontravam em São Paulo em missão catequista. Em 5 de maio de 1563 Anchieta e Nóbrega chegaram na aldeia de Iperoig.
Iniciaram-se os entendimentos, mas os índios, cautelosos e desconfiados, exigiam provas concretas de sinceridade por parte dos padres, e para que isso se confirmasse, Nóbrega regressou a São Vicente, levando Cunhambebe, enquanto Anchieta permaneceu em Ubatuba como refém. Foi nessa época que Anchieta, invocando a proteção da Virgem, escreveu grande parte do famoso Poema à Virgem nas areias de Iperoig. As condições foram impostas por Aimberé, desconfiado das intenções portuguesas.
O acordo de paz foi selado. Os portugueses se comprometeram a não mais atacar e nem aprisionar os índios e a libertar os que estavam presos em São Vicente. Finalmente foi estabelecida a Paz de Iperoig, em 14 de setembro de 1563.
A paz durou pouco. Um dia chegou a Aimberé a notícia de novo ataque português à aldeia de Iperoig. Novamente a Confederação mostrou sua força e respondeu ao ataque, invadindo fazendas e engenhos em pequenos grupos organizados. O rei de Portugal mandou Estácio de Sá, sobrinho do governador do Brasil, para enfrentar os índios, com soldados e armas. A tropa ficou no Rio de Janeiro.
Enfrentar o homem branco armado tornou-se cada vez mais difícil. Aimberé chamou os franceses em busca de ajuda e alguns deles lutaram ao lado de Aimberé. O desequilíbrio de forças levou os portugueses à vitória e na aldeia de Uruçumirim os tamoios foram derrotados completamente, deixando a terra livre para a colonização portuguesa.
FONTE
Washington de Oliveira (Seu Filhinho
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