A grande quantidade de chuvas que cai em Ubatuba desde a última quinta-feira, 18, colocaram a cidade em estado de alerta: quando o índice pluviométrico acumulado supera a marca de 100 milímetros em 72 horas. Nesta terça-feira, 23, a cidade apresenta um risco alto de alagamento e escorregamento de massa.
Algumas regiões da cidade registraram altos índices em 96 horas. A mais afetada delas é a sul: o Perequê-Mirim apresenta acumulados de 194.04 mm de chuva no período e a Lagoinha, 200.67 mm. Regiões como Almada (107.88mm), Centro (117.49 mm), Tenório (120.06 mm), Perequê-Açu (130.07 mm), Figueira (224.86 mm) e Marafunda (163.35 mm) também estão com os índices elevados.
Apesar da situação, a Defesa Civil ainda não foi acionada para nenhuma ocorrência grave além das registradas na segunda-feira, 22. Entretanto, como medida preventiva, o órgão interditou três vias nesta tarde: a Estrada do Caisão, devido ao risco de escorregamento de massa; a rua Usina Velha, no Perequê-Açu, onde o nível de água subiu em quantidade considerável e a avenida Rio Grande do Sul, pelo mesmo motivo.
A previsão é que a maré encha à noite, dificultando ainda mais o trabalho da Defesa Civil, pois o escoamento da água fica mais difícil.
Como parte do Plano Preventivo de Defesa Civil Ubatuba, as equipes intensificam o monitoramento nas áreas de riscos. “A previsão é que a chuva continue até sexta-feira, 26, e a umidade retida no solo pode ocasionar deslizamentos de encostas de morros e alagamentos, principalmente nos bairros onde os índices são maiores”, explicou o diretor da Coordenadoria de Defesa Civil de Ubatuba, Wagner Lopes. “Estamos preparados para a remoção o acolhimento de pessoas das áreas de risco, caso seja necessário. Inclusive, a secretaria de Educação já foi acionada para disponibilizar a EM Anchieta como abrigo temporário”, acrescentou Lopes.
As recomendações são evitar transitar em ruas alagadas e não enfrentar enxurradas, além de manter distância de redes elétricas e árvores.
Moradores de área de risco necessitam redobrar a atenção a sinais como rachaduras nas paredes, portas e janelas emperradas, postes e árvores inclinados, pois o deslizamento de massa pode causar danos em residências. Ao detectar algum deles, caso possível, a indicação é se abrigar na casa de parentes ou amigos até a normalização ou redução da intensidade das chuvas.
Em caso de emergência, acione a Defesa Civil pelo telefone 199.
Trabalho preventivo
Todos os anos, a Defesa Civil atualiza o documento com a real situação dos pontos críticos da cidade. O documento prepara, organiza e estabelece o planejamento em eventos, como escorregamentos de encostas, para garantir a segurança da população.
Outra ação recorrente é o monitoramento e visitação das áreas de risco durante todo o ano, situação em que a Defesa Civil conversa e conscientiza os moradores sobre a situação local.
Confira as principais áreas de risco em Ubatuba.
A Defesa Civil também participa de capacitações e eventos para aprimorar a atuação no município. Confira algumas aqui:
https://www.ubatuba.sp.gov.br/noticias/defesacivilubtemsseba/
https://www.ubatuba.sp.gov.br/noticias/prevencaochuvasccr/
Contenção de encostas
Outra iniciativa importante da Defesa Civil para minimizar os impactos das chuvas foi a conquista de obras de muros de contenção, como na Almada e na Enseada – ambas realizadas por meio de convênios, com repasses do governo federal. Saiba mais em https://www.ubatuba.sp.gov.br/noticias/obras-da-defesa-civil/
Condições geográficas
Segundo o doutor em Geografia, Saulo Takami, em Ubatuba, a grande quantidade de chuva é decorrente do bloqueio da massa Tropical atlântica, que acontece pela topografia natural (área montanhosa). Dessa maneira, acaba chovendo na encosta que está voltada para o mar. A vegetação característica da Mata Atlântica também contribui para o fenômeno.
PREFEITURA DE UBATUBA SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário