terça-feira, 30 de julho de 2024

Golfinho-pintado-do-Atlântico é resgatado em Ubatuba

 

No último domingo, dia 28 de julho, a equipe de resgate do Instituto Argonauta, instituição executora do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no litoral norte de São Paulo, atendeu um acionamento do Corpo de Bombeiros de, sobre um golfinho encalhado na praia de Itamambuca, em Ubatuba/SP. Imediatamente a equipe se deslocou até o local para avaliação e realização dos primeiros atendimentos clínicos do animal, identificado como um filhote macho da espécie golfinho-pintado-do-atlântico (Stenella frontalis), medindo 135 cm e pesando cerca de 22 kg.

O golfinho foi encontrado debilitado, não conseguindo nadar sozinho e hipotérmico, sendo necessário transferi-lo para o Centro de Reabilitação e Despetrolização do Instituto Argonauta, em Ubatuba para melhor avaliação e atendimento.

Desde então, o animal está em tratamento, em uma piscina apropriada para golfinhos, onde são realizados os exames necessários, sendo monitorado pela equipe 24h por dia, recebendo medicação, alimentação e todos os cuidados necessários. Não é possível afirmar o motivo pelo qual o filhote se perdeu de sua mãe, mas infelizmente, ao longo dos 26 anos de atuação do Instituto Argonauta, já foram atendidas outras ocorrências semelhantes.

Sobre os Golfinhos-pintado-do-atlântico

Os Golfinhos-pintado-do-Atlântico são animais de pequeno porte, podendo medir até 2,3m de comprimento. As fêmeas pesam entre 39 e 127 Kg e os machos entre 50 e 143 Kg. Sua dieta é carnívora, alimentando-se de diversas espécies de peixes, lulas, e crustáceos.

A coloração corporal é cinza-clara, de dorso mais escuro. Sua pele possui um aspecto todo pintado, de manchas escuras onde é mais claro e manchas claras onde é mais escuro. As pintas surgem à medida que se tornam adultos.

Esta espécie é endêmica do oceano Atlântico, Golfo do México e Caribe. Vivem preferencialmente próximos à costa. No Brasil, existem registros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará.

Mesmo com poucos dados sobre seu status de conservação, o Golfinho-pintado-doAtlântico sofre muito com a interferência humana, devido a seus hábitos serem preferencialmente costeiros. Alguns exemplos de impactos antrópicos são: pesca acidental, aquecimento global, poluição marinha e perda de habitat.

Fonte: Instituto Argonauta



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