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Um fenômeno conhecido como "maré vermelha" atinge São Sebastião e Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, desde meados de janeiro. O deslocamento da mancha vermelha, produzida pela alta concentração de Mesodinium rubrum —um micro-organismo capaz de impactar o ecossistema marinho— é acompanhado por satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Em grande quantidade, essa alga pode causar a falta de oxigênio na água, o que é um risco para a vida aquática, segundo o Instituto
O ambientalista Júlio Cardoso, do projeto Baleia à Vista, observou que a "maré vermelha" atrai também peixes e cetáceos. "Observamos algumas orcas, raias e até um tubarão-baleia que foram atraídos por camarões e outras presas que vieram atrás dos plânctons, algas e outros micro-organismos. A corrente que faz surgir o fenômeno é rica em matéria orgânica e nutrientes depositados no fundo do mar", disse.
A prefeitura de São Sebastião diz ter participado, em 4 de fevereiro, de uma coleta de mexilhões na Praia de Toque-Toque Grande e na Praia da Cigarra, em parceria com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, do governo estadual, com a ideia de manter o controle.
A prefeitura de Ilhabela informou que acompanha o deslocamento da mancha e que, até agora, não foram identificadas algas tóxicas nos materiais coletados. Ainda assim, o município reforça a recomendação de evitar nadar ou praticar esportes náuticos em locais com manchas de coloração suspeita.
GLAUCO VIEIRA
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