ESPECIALISTAS REFORÇAM A IMPORTANCIA DO RESPEITO ÀS REGRAS DE OBSERVAÇÃO AS BALEIAS


 Nos últimos dias, o avistamento de uma jovem baleia-jubarte, de cerca de 7 metros de comprimento, tem mobilizado turistas em Ubatuba. O animal, que circula pela região central da cidade, tem atraído muitas embarcações de lazer e especialistas alertam sobre a importância de observação de protocolos de segurança.


A jubarte já foi resgatada duas vezes pela equipe do Instituto Argonauta, após ficar presa em redes de pesca. Agora, livre desses artefatos, ela enfrenta um novo desafio: a presença frequente de embarcações de turismo, caiaques, canoas havaianas e pranchas de stand up paddle. Em algumas ocasiões, foram observadas aproximações excessivas e comportamentos inadequados, como pessoas jogando objetos na água ou entrando nela muito perto do animal. Essas atitudes podem gerar desconforto e aumentar o risco de incidentes, além de impactar o bem-estar da baleia.
Especialistas alertam que a interação descuidada pode ter sérias consequências e reforçam que o turismo de observação de cetáceos precisa ser feito com responsabilidade. A Portaria IBAMA nº 117/1996 proíbe a aproximação a menos de 100 metros com motor engrenado, limita a presença a duas embarcações por vez e veda perseguições ou alterações na rota dos animais. Além disso, é proibido nadar a menos de 50 metros de qualquer baleia.
O descumprimento dessas normas configura crime ambiental, conforme previsto pela Lei nº 7.643/1987 e pela Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/1998), podendo resultar em reclusão de até cinco anos e multa. Organizações ambientais pedem mais fiscalização e educação para garantir que o encantamento pela vida marinha não se transforme em ameaça.

📸: arquivo Argonauta

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