O governo de São Paulo decidiu suspender a implantação de 12 pedágios do sistema “free flow”, modelo de cobrança eletrônica sem praças físicas, após baixa adesão dos motoristas e necessidade de revisão contratual com concessionárias. A decisão, confirmada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), ocorre menos de dois anos após o início dos testes, que começaram em 2023 na Rodovia Rio–Santos (SP-055), em Ubatuba — o primeiro pedágio automático do país.
De acordo com o DER, o recuo afeta trechos sob gestão direta do Estado e sob concessão privada, como na Sorocabana e na Padre Manoel da Nóbrega, no litoral paulista. Os principais motivos são o baixo número de cadastros no sistema, que exige registro prévio da placa do veículo, e os ajustes necessários nos contratos de concessão. Sem o cadastro, o motorista é autuado e precisa pagar o pedágio com multa, o que gerou reclamações desde o lançamento.
O modelo segue em operação apenas na Rio–Santos, administrada pela Ecovias do Litoral Norte, onde a tarifa varia entre R$ 2,50 e R$ 4,50 conforme o trecho percorrido. Já as rodovias Castello Branco e Anhanguera continuam no planejamento para futura adoção deste tipo de cobrança, mas sem data definida. Segundo o governo, os trechos suspensos podem ser retomados após nova análise econômica.
Mesmo com o cancelamento parcial, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende manter o sistema como padrão nas próximas concessões rodoviárias. O objetivo é modernizar a malha viária paulista e reduzir custos operacionais, embora o modelo ainda enfrente desafios de integração, arrecadação e aceitação entre os motoristas.
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