Doença pode afetar humanos e diversas espécies de animais, principalmente gatos
A Vigilância em Saúde de Ubatuba registrou aumento no número de casos de esporotricose na cidade – doença causada por fungo que pode afetar humanos e diversas espécies de animais, cuja manifestação característica é o aparecimento de feridas na pele e nas mucosas dos olhos, nariz e boca. Ao longo deste ano, mais de 80 casos foram confirmados em animais.
O fungo Sporothrix schenckii pode ser encontrado naturalmente no solo, em plantas e madeiras, sendo transmitido por meio de um trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha, lascas de madeira, contato com vegetais em decomposição, contato direto com as lesões, entre outros meios. Nos seres humanos, a infecção também se dá por arranhadura ou mordida de animais doentes.
Os primeiros sinais de contágio são lesões na pele, que começam com um pequeno caroço avermelhado, semelhante à picada de um mosquito, e pode evoluir para uma ferida de difícil cicatrização. Entre os sintomas, também podem ocorrer tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Em caso de suspeita da doença, é importante procurar por atendimento médico para evitar complicações respiratórias e articulares, como inchaço, dor nos membros e dificuldade para se movimentar.
A esporotricose tem cura, tanto em humanos quanto nos animais acometidos. Por isso, não abandone, maltrate ou sacrifique o animal com suspeita da doença. Procure o tratamento adequado e se informe sobre os cuidados necessários.
Confira outras dúvidas sobre a esporotricose:
O que fazer se for arranhado, mordido ou respingado pela saliva de um animal suspeito de esporotricose?
Nos casos de arranhadura ou mordida, a primeira coisa a fazer é lavar exaustivamente o local do ferimento com água e sabão. Caso tenha sido respingado pela saliva do animal na face ou nas mucosas é recomendada a lavagem exaustiva do local com água ou solução fisiológica. Logo em seguida, procure por atendimento médico.
O que fazer se um animal de estimação for infectado?
A primeira coisa a fazer é isolar o animal em um local seguro. Toda manipulação do animal deverá ser feita, obrigatoriamente, utilizando uma luva de látex e, além da área que ocupa, todos os seus objetos, incluindo brinquedos, precisam ser lavados com água e sabão e desinfetados diariamente. O animal deverá ser levado a um médico veterinário. Se confirmado o diagnóstico, o animal deverá ser tratado e não pode ser abandonado. Se for abandonado, seu dono estará contribuindo para a disseminação da enfermidade, além de abandono de animais ser crime. Em caso de morte do animal, seu dono deverá solicitar ao veterinário a incineração de seu animal para interromper o ciclo da doença.
Animais de estimação com sintomas sugestivos de esporotricose devem ser atendidos por um médico veterinário. Em Ubatuba, diante da reforma do Centro de Referência Animal (CRA), os tutores devem ligar na Vigilância em Saúde, no telefone (12) 3832-6810 ou 3834 2323, e um profissional do setor fará os procedimentos necessários, inclusive com visita domiciliar. O horário de atendimento é das 8h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta-feira.
Onde posso informar/notificar um caso de animal com suspeita de esporotricose ou outras zoonoses?
Para comunicar/notificar casos suspeitos de esporotricose e de outras zoonoses entrar em contato com a Vigilância em Saúde, na Rua Dom João III, n⁰ 197, centro de Ubatuba, pelos telefones (12) 3832-6810 e 3834 2323 ou pelo e-mail: spsubatuba@gmail.com. A Vigilância em Saúde funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Como se prevenir da esporotricose humana?
A principal medida de prevenção e controle a ser tomada é evitar a exposição direta ao fungo. É importante usar luvas e roupas de mangas longas em atividades que envolvam o manuseio de material proveniente do solo e plantas, bem como o uso de calçados em trabalhos rurais. Uma boa higienização das mãos e do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos dispersos e assim, novas contaminações.
Como prevenir a esporotricose em animais?
O ideal é que os animais domésticos não saiam de casa, evitando assim que contraiam esta ou outras doenças e as transmitam, tanto para humanos como para outros animais. A castração é a melhor forma de prevenção, para evitar briga com outros animais, superpopulação e manter o animal longe de locais que possam estar contaminados.
FONTE : https://ln21.com.br/noticia/15692/ubatuba-alerta-para-aumento-de-casos-de-esporotricose
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