segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Ruínas esquecidas na Mata Atlântica lembram passado colonial no litoral de SP

 


Ruínas da Lagoinha une história e belas paisagens no litoral paulista | Mike Peel / Wikimedia Commons


Explore as memórias preservadas nas antigas estruturas de pedra e cal, onde história e lendas se entrelaçam


Gladys Magalhães


Em Ubatuba, escondidas pela Mata Atlântica, as Ruínas da Lagoinha revelam partes de um passado colonial do litoral norte de São Paulo.

Protegidas pelo Condephaat desde 1985, elas são os restos de um antigo engenho que quase se tornou a primeira fábrica de vidros do Brasil.

Hoje, essas estruturas oferecem um cenário impressionante para quem gosta de natureza e fotografia, além de serem um ponto de encontro entre a história e as lendas da região sul de Ubatuba.

O lugar  une história e belas paisagens, já tendo sido, inclusive, cenário de ensaios fotográficos e produções artísticas, como do videoclipe da música “Folhas de Outono”, do cantor de pagode Péricles.

A seguir, veja mais informações sobre as Ruínas da Lagoinha.



Restam em pé três colunas de sustentação em pedra e cal, do que teria sido a primeira fábrica de vidros do Brasil - Foto: Reprodução Fundart


O que são as Ruínas da Lagoinha


Restam em pé três colunas de sustentação em pedra e cal, do que teria sido a primeira fábrica de vidros do Brasil - Foto: Reprodução Fundart

As Ruínas da Lagoinha foram tombadas pelo Condephaat em 1985 - Foto: Divulgação PMU


As Ruínas da Lagoinha são um patrimônio histórico e cultural da cidade de Ubatuba, tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) do Estado de São Paulo desde 1985.

Elas são compostas pelo que restou do antigo engenho da Fazenda do Bom Retiro e por pilares do que seria a primeira fábrica de vidros do Brasil.



Praia da Lagoinha é boa opção para famílias com crianças - Foto: Ivan Cintra / Wikimedia Commons


A história das Ruínas da Lagoinha

Segundo a Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart), a Fazenda Bom Retiro, que deu origem às Ruínas da Lagoinha, foi fundada em 1828 pelo engenheiro francês João Agostinho Stevenné. Na época, a fazenda produzia açúcar e cachaça com mão de obra escravizada.

Mais tarde, já no final do século 19, a fazenda pertencia ao capitão Romualdo, e produzia café, cana-de-açúcar, açúcar mascavo e aguardente.

Por conta da produção de aguardente, o capitão tinha a necessidade de vasilhames e, assim, teria dado início à construção de uma fábrica de garrafas, que seria a primeira fábrica de vidros do Brasil.

A construção, contudo, não foi concluída. Mas, restam em pé, três colunas de sustentação em pedra e cal, de cerca de 10 metros de altura cada.

“Não é possível determinar se essa estrutura pertencia ou não a uma “fábrica de vidro", por outro lado, o pé-direito de quase seis metros é pouco comum para uso exclusivamente residencial”, diz a Fundart em seu site.

Como chegar às Ruínas da Lagoinha

As Ruínas da Lagoinha estão localizadas na região sul de Ubatuba, na Praia da Lagoinha, distante cerca de 24 quilômetros do centro de Ubatuba.

O acesso é feito por um condomínio na beira da rodovia Rio-Santos.


Praia da Lagoinha

Após garantir belas fotos nas Ruínas da Lagoinha, o turista tem a opção de curtir um pouco a Praia da Lagoinha. Com mar calmo, a praia é uma boa opção para famílias com crianças.

No local, é possível encontrar cadeiras e guarda-sol para aluguel, além de pequenos quiosques e vendedores ambulantes, para quem deseja comer alguma coisa na praia.


Leia mais em: https://www.gazetasp.com.br/gazeta-mais/curiosidades/ruinas-na-mata-atlantica-lembram-passado-colonial-litoral-sp/1142426/

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