Com o objetivo de estimular a arte do brincar e valorizar a cultura popular, a cantora e compositora maranhense Ana Maria Carvalho traz o projeto “Cantigas do Tempo” para Ubatuba. A iniciativa, viabilizada pela Lei Paulo Gustavo, por meio do Governo do Estado de São Paulo, promoverá atividades que unem dança, música e saberes tradicionais.
Na sexta-feira, 29 de novembro, das 18h30 às 20h, será realizada uma oficina na Casa de Farinha do Quilombo da Fazenda, na região Norte da cidade. Durante a atividade, os participantes terão contato com danças e músicas populares como cacuriá, bumba meu boi e cantigas de roda. “Essas brincadeiras mostram a importância do canto e da dança como práticas que criam vínculos, estimulam a criatividade e promovem liberdade”, destaca Ana Maria.
No sábado, 30 de novembro, às 20h, o projeto apresenta o show “Cantigas do Tempo”, na Fundação Projeto Tamar, no bairro Itaguá. O evento contará com a participação especial do grupo local Boi de Conchas, que resgata uma lenda caiçara em forma de auto de rua, criado pelo folclorista Julinho Mendes. “É um momento muito importante para o nosso coletivo participar desse show. Nos dá uma credencial para entender, sempre com muito respeito, que a gente faz parte desse movimento de cultura popular do país”, declarou Bado Todão, músico, dramaturgo e brincante do Boi de Conchas.
As duas atividades são gratuitas, acessíveis em Libras, e voltadas a todas as idades.
O que é o projeto “Cantigas do Tempo”
“Cantigas do Tempo” é um projeto idealizado por Ana Maria Carvalho para divulgar as tradições populares brasileiras por meio de oficinas e apresentações musicais, que está em circulação pelo Estado de São Paulo desde setembro. Nele, a artista compartilha composições próprias, músicas de sua infância e gêneros como sambas, forrós e bumba meu boi. O projeto busca criar espaços de aprendizado e celebração das culturas ancestrais, promovendo encontros entre diferentes comunidades e valorizando a educação cultural e artística.
Sobre o Boi de Conchas
A história do Boi de Conchas narra a saga de Cipriano, um tropeiro que planejava levar seu boi ao matadouro. Porém, o animal driblou a morte, desaparecendo no mar e retornando ocasionalmente, adornado com conchas e algas, para inspirar pescadores e poetas. A lenda foi adaptada para o formato de auto de rua e é uma celebração das tradições caiçaras em Ubatuba.
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