quarta-feira, 1 de maio de 2024

Cacique de Ubatuba, coordenador de Políticas para os Povos Indígenas participa de evento em países da Europa

 

À frente da Coordenadoria de Políticas para os Povos Indígenas (CPPI), da Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania (SJC), o cacique Cristiano Kiririndju participa, de 1.° a 8 de maio, de uma série de agendas voltadas aos povos indígenas na República Tcheca (Brno), na Áustria (Viena) e na Itália (Perúgia). O objetivo é estreitar o diálogo com entidades internacionais e buscar parcerias para ampliar as ações paulistas voltadas aos povos indígenas do estado.

A agenda faz parte do projeto de pesquisa intitulado “Diálogos simétricos: educação, culturas e territorialidades”, aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP e integra o Programa de Pesquisa em Educação Básica – PROEDUCA/SEDUC. Cristiano foi convidado por universidades europeias, por sugestão de pesquisadores e bolsistas incluídos nessa ação educacional.

Além de coordenador para Políticas para os Povos Indígenas, Cristiano Kiririndju é pesquisador, educador, cacique da Aldeia Renascer no município de Ubatuba, litoral norte paulista, e foi o presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas de São Paulo.

“Essas experiências na Europa têm como objetivo difundir e discutir os temas da educação e cultura para os povos indígenas, sendo também uma oportunidade para divulgar os trabalhos que temos realizado na Coordenadoria de Políticas para os Povos Indígenas. Nossa expectativa sempre é a de estabelecer parcerias e projetos que fortaleça as ações que se concretizam no Estado de São Paulo, um exemplo para o Brasil. O resultado esperado, pelos pesquisadores envolvidos e por nós, será bom para toda a população indígena”, afirma Cristiano Kiririndju.

O coordenador viaja acompanhado de outros pesquisadores e professores atuantes nesse projeto “Diálogos Simétricos”, contribuindo para um debate acerca de questões que permeiam os povos indígenas do país e do estado, bem como as ações inovadoras implementadas pelo governo paulista para os povos originários do estado por meio da CPPI.

A programação começa na República Tcheca, no dia 1.° de maio, no encontro com discentes e docentes da Universidade Masaryk (MU) e representantes de entidades da sociedade civil. Nesse evento, Cristiano apresentará a situação atual dos povos indígenas de São Paulo e suas políticas públicas em torno da educação e do reconhecimento dos territórios indígenas.

Como coordenador de Políticas para os Povos Indígenas, buscará parcerias para desenvolver projetos e apoio entre entidades da sociedade civil Tcheca e os povos indígenas de São Paulo.

No dia 2, ministra uma palestra no Seminário do Departamento de Antropologia, da Universidade Masaryk, para corroborar com os debates acadêmicos sobre a situação dos povos indígenas mundialmente. No dia 3, Kiririndju se reunirá com representantes da Universidade para construir possíveis parcerias entre a CPPI e especialistas interessados em contribuir para o fortalecimento das comunidades.

No dia 4 de maio, visita à exposição “Artistas (des)conhecidos da Amazônia” no Weltmuseum Wien em Viena, na Áustria. “O objetivo é buscar parcerias para uma exposição sobre os povos indígenas de São Paulo”, diz Cristiano.

Na Itália, no dia 6 de maio, ministrará a conferência de abertura do 46.º Congresso Internacional de Americanística, encontro organizado pelo Centro Studi Americanistici “Circolo Amerindiano”, e que reunirá renomados pesquisadores e especialistas para debates sobre os povos indígenas das Américas.

Ainda na Itália, dia 7, com o objetivo de construir diálogos interculturais, visita à Escola Galileo Galilei em Foligno para conversar com os estudantes sobre a realidade dos povos indígenas do Brasil. No dia 8, acompanha a Coleção Etnográfica do Centro Studi Americanistici, em Perúgia, para conhecer os povos indígenas do continente americano.

“Os povos indígenas do Estado de São Paulo estão superando barreiras e conquistando espaço internacional para o conhecimento da sua cultura. Oportunidade para dar visibilidade e igualdade para as comunidades de todo o Brasil”, acrescentou Kiririndju.

Essa viagem é custeada pelos pesquisadores, pelas universidades da Itália e República Tcheca, bem como pelo Governo do Estado de São Paulo.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo

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