Praias impróprias são sinalizadas com bandeira de cor vermelha e devem ser evitadas devido ao risco de doenças transmitidas pelo esgoto presente na água do mar. Foto: São Francisco, em São Sebastião
O Boletim de Balneabilidade das Praias Paulistas, divulgado ontem, quinta-feira, dia 09, pela CETESB, informa que o litoral norte paulista tem seis locais impróprios para banho no fim de semana. O número de praias poluídas é bem menor que o registrado na semana anterior quando 11 praias na região foram classificadas como impróprias para uso pela Cetesb.
Segundo o boletim divulgado pela Cetesb, são três praias impróprias em São Sebastião; uma em Ilhabela; e, duas em Ubatuba. Em Caraguatatuba, todas as praias monitoradas pela Cetesb estão em boas condições nesta semana.
Estão classificadas como impróprias para uso: Itaguá(em dois pontos)e Lázaro, em Ubatuba; Pinto, em Ilhabela; e, Prainha, Pontal da Cruz e São Francisco, em São Sebastião.
O índice de saneamento básico vem crescendo na região após investimentos da Sabesp, mas ainda é reduzido em Ubatuba, onde apenas 55% das moradias possui coleta e tratamento de esgoto e em Ilhabela, onde 62% das casas possuem esgoto coletado e tratado. Em São Sebastião, este índice é de 74%; e, em Caraguatatuba, o índice chega a 92%.
Conheça como é feito o monitoramento pela Cetesb:
O Programa de Balneabilidade das Praias Paulistas é desenvolvido pela CETESB desde 1968, com o início das amostragens limitado às praias da Baixada Santista, estendendo-se posteriormente a todo o litoral. As avaliações começaram a ser feitas com base na legislação estadual (Decreto no 52.490/70), classificando as águas de acordo com seu uso principal.
A partir de 1974 o programa foi intensificado, passando a realizar a determinação sistemática e periódica de coliformes fecais em 5 amostragens mensais, e a CETESB passou a ter por base os parâmetros definidos pela Portaria 01/74 da SEMA – Secretaria Especial do Meio Ambiente, órgão federal.
Em 1976, foi editada a Portaria 536, que estabeleceu cinco categorias para a classificação das praias: Excelente, Muito Boa, Satisfatória, Suspeita e Má, conforme as densidades de coliformes fecais ou totais de um conjunto de amostras obtidas em cinco semanas consecutivas. Para simplificar a divulgação dos resultados passou-se a usar a classificação como Própria ou Imprópria.
Dez anos mais tarde essa portaria foi substituída pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama 20/86, que definia quatro categorias para classificação das praias: Excelente, Muito Boa, Satisfatória e Imprópria, podendo agrupar-se as três primeiras na categoria Própria. A forma de análise permaneceu a mesma da Portaria anterior.
A partir de janeiro de 2001 a avaliação da qualidade das águas das praias está sendo realizada segundo os critérios estabelecidos na Resolução Conama n.º 274/00. Publicada em dezembro de 2000, a nova resolução introduziu outros indicadores de contaminação fecal e manteve a classificação das praias, de acordo com as densidades resultantes de análises feitas em cinco semanas consecutivas.
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