Apesar de algumas praias da região terem apresentado melhora na qualidade da balneabilidade, o Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte expressa preocupação em relação a esses indicadores devido ao crescimento populacional pós pandemia, demandas por saneamento, monitoramentos sobre a qualidade dos cursos d’água que deságuam nas praias entre outros.
O aumento da população fica explícito, por exemplo, em relação à demanda pela água para abastecimento público. “ Tivemos uma elevação na vazão da água outorgada em 131% de 2012 a 2021. Estes são números que conseguimos analisar por conta de ser autorizações de uso da água para a Sabesp, mas existem os números das captações de água alternativa, que não temos dados exatos “, alerta Paulo André Ribeiro, coordenador da Câmara Técnica de Saneamento do Comitê.
“Esse contexto complexo precisa de uma análise atenta em relação à poluição das águas, conforme indicamos nas linhas de ação no Relatório de Situação dos Recursos Hídricos 2022 e que devem ser discutidas e compartilhadas com toda a sociedade”, explica Mônica de Toledo e Silva Spegiorin, vice-presidente do Comitê de Bacias do Litoral Norte.
Condições de saneamento nas diferentes edificações, sejam nos pontos de turismo e hospedagem como pousadas, hotéis, loteamentos, condomínios, com a manutenção, fiscalização e orientação das fossas já existentes ou em qualquer atividade da construção civil, para que se tenha o menor impacto possível nos recursos hídricos em novos empreendimentos imobiliários, gestão compartilhada das águas em comunidades, entre outras responsabilidades são necessárias para conter a poluição dos mares. Ou seja, não basta apenas ter os pontos de monitoramento em praias.
“É preciso uma transformação no comportamento das pessoas e empresas que ocupam a vertente litorânea como região turística importante para todo o estado de São Paulo”. analisa Mônica de Toledo e Silva Spegiorin, vice-presidente do Comitê de Bacias do Litoral Norte.
“Na visão do Comitê é essencial que o poder público e a sociedade civil utilizem o Relatório de Situação dos Recursos Hídricos 2022 como um documento e instrumento de referência para a gestão pública, integrando ações de diferentes secretarias e níveis de governo, além de amplo trabalho de conscientização da população e da valorização de projetos envolvendo educação ambiental, engenharia, agroecologia e comunicação para o enfrentamento dos graves impactos ambientais do Litoral Norte”, finaliza Mônica.
Por Ana Patrícia Arantes – Assessoria de Imprensa – Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte
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