No final de outubro de 2023, o pesquisador José Ataliba Gomes, do Departamento de Botânica da Unicamp, fez uma descoberta surpreendente durante uma caminhada pela mata da Serra do Mar, em Ubatuba. Ele avistou uma planta com coloração roxo-azulada, que se destacou entre a vegetação nativa. Após registrar a espécie em fotos, Gomes compartilhou a imagem com um colega e confirmou se tratar de um lírio raro do gênero Griffinia, endêmico do Brasil, que não era observado há 139 anos.
A confirmação oficial da redescoberta, que representa um marco para a botânica brasileira, foi divulgada pela Cambridge University Press, a editora mais antiga do mundo, ligada à renomada Universidade de Cambridge. Fundada em 1209, a instituição britânica é mundialmente reconhecida pelas contribuições científicas e já teve 121 premiados com o Prêmio Nobel.
Após identificar a espécie, José Ataliba e sua equipe retornaram ao local para coletar amostras e realizar estudos detalhados. A planta foi então identificada como Griffinia ornata, descrita cientificamente pela primeira vez em 1876 pelo botânico britânico Thomas Moore. Desde então, essa flor, que não possui sequer um nome popular, era considerada extinta no Brasil.
A rara Griffinia ornata encontra-se ameaçada devido à sua sensibilidade às mudanças ambientais e à interferência humana. Sua floração ocorre entre outubro e dezembro, com frutificação a partir de novembro. A Serra do Mar, cercada pela Mata Atlântica preservada, foi o ambiente propício para o reaparecimento dessa planta única, renovando as esperanças para a preservação de espécies raras e ameaçadas em território nacional.
: Divulgação
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