Ubatuba registra uma morte e quatro afoga
mentos em praias e cachoeiras da cidade nesta terça (02)
Phelipe relata como aconteceu o afogamento. Ele disse ter tomado todos os cuidados necessários para evitar uma tragédia, porém foi surpreendido pelo mar. Ele contou ainda que sabia nadar e os cinco anos de natação não fizeram a diferença no momento em que precisou se salvar. Leia o relato abaixo, que serve de alerta para os demais banhistas.
“Durante a passagem de ano, amigos e familiares decidiram alugar uma casa em Ubatumirim e passar a virada do ano lá. No entanto, nos dias em que estivemos lá, o mar estava bastante agitado, com muitas ondas, e a água chegou a bater nos pilares de madeira. Ontem, terça-feira, parecia que o mar estava mais calmo, então eu e “L” decidimos entrar no mar com cautela, como sempre fomos ensinados que “água no umbigo é sinal de perigo”. Ficamos apenas até a altura do umbigo quando, de repente, uma onda muito grande e uma forte correnteza nos puxaram para o fundo do mar. Enquanto eu ainda tinha pé e conseguia sair, a pessoa que estava comigo não tinha mais pé.
Foi então que tentei salvá-la, empurrando-a em direção à areia, enquanto meu irmão saiu correndo em busca de ajuda nas barracas. Foi nesse momento que outra onda me levou novamente para mais fundo, onde eu já não tinha mais pé. No meio do desespero, tentei nadar e me debater, fazendo gestos para que as pessoas na areia percebessem que estava me afogando, mas nada resolvia. Cheguei a perder a consciência algumas vezes e, quando percebi que não aguentava mais e que minhas forças estavam se esgotando, Deus enviou seus anjos para me socorrerem.
Minha irmã, mesmo sem saber nadar, teve forças para me colocar apoiado em uma mini prancha e nos dirigir em direção à areia, com minha tia me segurando. Um homem que vendia milho naquela praia e outro com stand-up paddle e um com jetski nos levaram até a areia, onde finalmente fui salvo. Na areia, eu estava quase desacordado, quando um turista enfermeiro fez os primeiros socorros e me ajudou a sair daquela situação desesperadora.
No meio do desespero, minha tia avistou um conhecido que rapidamente ligou para a equipe do helicóptero Águia, que agiu com extrema rapidez. Eles me levaram ao aeroporto, onde uma ambulância estava me esperando. Durante o trajeto para a Santa Casa, a equipe de resgate iniciou os procedimentos de recuperação da parada cardiorrespiratória e tratamento da água nos pulmões que eu havia engolido. Na Santa Casa, a equipe médica foi ágil e atenciosa, fornecendo todo o suporte necessário durante esse momento crítico. Eles salvaram minha vida, e sou eternamente grato a esses verdadeiros heróis.
Primeiramente, agradeço a Deus por me permitir viver novamente, e depois à minha irmã Maryellen e à minha tia, a conselheira tutelar Solange Ribeiro, que ajudaram a salvar nossas vidas e nos acompanharam até a Santa Casa, junto com meu tio Marcelo, o vendedor de milho e os banhistas. Agradeço também à equipe do helicóptero Águia, ao SAMU e às socorristas da Santa Casa. Não consigo me lembrar dos nomes, mas uma médica psicóloga com olhos puxados e uma enfermeira de óculos foram essenciais para minha recuperação. E, claro, agradeço a toda a equipe da Santa Casa, verdadeiros heróis que fizeram o impossível para salvar minha vida”.
FONTE - TEXTO :
Imagem da Internet
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