quarta-feira, 31 de julho de 2024

Museu Caiçara de Ubatuba será reaberto no dia 03 de agosto

 




O Museu Caiçara de Ubatuba será reaberto no próximo dia três de agosto. O espaço, criado em 1982, dedica-se à preservação das memórias e tradições do povo de Ubatuba. Após uma importante reforma estrutural, incluindo a aplicação de envaro e um novo barreado, além da manutenção do seu acervo, o Museu está pronto para reabrir suas portas.

 

O evento de reabertura está marcado para as 14h, e contará com inauguração de um novo espaço para exposições. Além disso, haverá a apresentação pública do Comitê de Cultura de Ubatuba, com participação de representantes do PNCC-SP e do Ministério da Cultura.

A programação inclui a chegança da Folia do Divino, uma vivência de toques com os mestres do Divino, uma roda de conversa sobre a história do Museu, e duas exposições, uma sobre a Folia do Divino: "Memórias do Divino", e outra em homenagem a Kilza Setti: "Kilza no Canto das Praias", destacando sua trajetória como pesquisadora do território caiçara. Para encerrar teremos a apresentação musical de Luís Perequê e Grupo Concertada, com apoio do Tamar no mês da Cultura Popular.




SERVIÇO:

Programação do evento:

- 14h: Alvorada da Folia Caiçara do Divino Espírito Santo

- 15h: Vivência de Toques com os Mestres da Folia do Divino

- 16h30: Café Caiçara

- 17h: Abertura das Exposições

- 17h30: Apresentação Pública do Programa Nacional dos Comitês de Cultura em Ubatuba - PNCC

- 18h: Roda de conversa “A história do Museu Caiçara, suas memórias comunitárias e a importância para a cultura viva”

- 20h: Luís Perequê e Grupo Concertada no palco do Tamar

Local: Rua Antonio Athanásio da Silva, 273 – Itaguá – Ubatuba/SP (Dentro do Projeto Tamar)



FONTE  :  https://ln21.com.br/noticia/37872/museu-caicara-de-ubatuba-sera-reaberto-no-dia-03-de-agosto

TRAVESSIA ALTO GRANDE X ESPELHO: Cume da Serra do Mar - UBATUBA-SP - Segunda parte



Pico do Corcovado é  o mais famoso de Ubatuba , mas não é o mais alto do município - Essa imagem não faz parte da matéria original aqui publicada, ela é meramente ilustrativa.




A chega ao cume da PEDRA DO ESPELHO é feita aos poucos, porque é um grande platô plano, quase do tamanho de um campo de futebol e quanto mais perto da borda, mais a paisagem vai se abrindo para um mundo de sonhos e beleza e antes mesmo de irmos a borda final, jogamos nossas mochilas numa clareira de mato mais ralo e nos cumprimentamos ali mesmo, com a sensação do dever comprido e com a certeza de que todo o nosso planejamento tinha tido êxito. Aquele mar visto lá de cima do Espelho era algo mágico e inexplicável, não só por estarmos em uma das regiões mais isoladas do litoral norte, mas também por fazermos partes dos poucos aventureiros que tiveram a honra de colocar os pés naquele cume lendário. Extasiados e sem saber para que lado olhar, corremos todos para onde o terreno despenca mais abruptamente, porque a Pedra do Espelho está virada para sudoeste, de onde vales gigantes emolduram um cenário incrível e olhando para aquele vale, quase que hipnotizados, vimos surgir ao longe um helicóptero que vinha em nossa direção, voando baixo, mas apenas ficamos ali, apreciando seu magnífico voo, mas quando ele embicou de vez para o cume do Espelho, um frio na barriga foi inevitável.


             Quando o troço voador começou a vir em nossa direção, dando pinta que pousaria mesmo no Espelho, não quisemos acreditar, mas quando a ficha caiu de vez, começou a gritaria de opiniões desencontradas: “ Caralho mano, é o Águia da Policia Militar”, gritou alguém. “ Que nada, é um helicóptero da POLÍCIA FEDERAL”, retrucou o Trovo do outro lado. Outros, como eu, não gritaram absolutamente nada, apenas não acreditavam no que estava acontecendo: Estava na cara que a casa havia caído para a gente. Sairíamos dali presos, multados e com os equipamentos apreendidos. O pior é que para evitar qualquer confusão com parques ou coisa assim, subimos pelas fazendas do Norte, onde tecnicamente o caminho é permitido e necessita apenas a liberação dos donos das propriedades. O helicóptero pairou no ar como um beija-flor e vagarosamente foi descendo. Eu já não sabia se corria, mas quando pensei na possibilidade, me vi acuado na beira de um abismo de mais de 500 metros de altura e parte dos exploradores, sem ter mais o que fazer diante da situação, correram em direção ao helicóptero que ameaçava pousar encima das nossas mochilas.


 

          O HELICÓPTERO foi baixando até tocar o solo. O mais perto da aeronave era o Thiago e notou logo que quem pilotava era uma mulher, acompanhada de outro homem e ao ver que corríamos (menos eu) na direção deles, permaneceu no chão por algum segundo e alçou voo rapidamente. É provável que ao verem aquele monte de malacabados indo em sua direção, ficaram com medo e picaram a mula do topo. A gente ficou a ver navios, sem saber do que se tratava, mas aliviados de mais uma vez sermos deixados em paz naquele cume sombrio e distante da civilização, 10 homens isolados do mundo, donos absolutos daquelas paragens, soberanos sobre o TERCEIRO CUME mais alto do LITORAL PAULISTA.


 

          Depois desse acontecimento inusitado, foi uma festa só, comemoração e risadas sem fim. Estávamos felizes e aproveitamos as horas de sol para montarmos nossas barracas e fazer uma comida e enquanto o fogareiro trabalhava, fomos apreciar o pôr do sol que pela localização da montanha ficava quase que paralelo ao mar, num dos cenários mais fabulosos do litoral Paulista. Dentre outras paisagens se destacava a Baia de Ubatumirim, Ilha Bela, Ponta da Joatinga, além do distante pico do Corcovado e dezenas de outras ilhas, num mar qualhado de belezas inigualáveis, além do proeminente cume do Alto Grande e o UB2, que fechava os abismos da serra. Vales e gargantas profundas podia se contar em dezenas, numa selva isolada, de onde rios desciam do planalto em direção a planície litorânea, enfim, a Serra do Mar Paulista com tudo que tem direito.


         

          Foi um dia longo e de múltiplas experiências e com a ida do sol era hora de nos voltarmos para o jantar e para o descanso merecido. Eu e o Régis dividimos a barraca e o rango, que dessa vez, como era uma única refeição quente, resolvi levar uma carne seca já dessalgada e cozida na panela de pressão, nela juntei cebola, alho, pimenta e outros temperos diversos, coloquei azeitonas picadas e quando o bacon fritou, misturei com uma caixinha de creme de leite e fizemos um super strogonoff e para complementar cobrimos com queijo  ralado e para beber um suco de jabuticaba, nossa típica fruta da Serra do Mar, tudo isso com um arroz quentinho e uma saladinha de tomate cedido gentilmente pelo Mauricinho, que trouxe 5 kg pra não faltar mesmo, porque miséria não é com ele.


          Quando juntamos aquele grupo com  os novos integrantes (Flórido, Mauricio e Thiago), a galera combinou de fazer uma grande confraternização no cume do Espelho e dessa vez resolveram que levariam um aperitivo para tomar lá encima. Eu mesmo, que não sou dado ao álcool, nem me intrometi, mas a intenção de levar uma garrafa de vinho acabou se multiplicando por vária garrafas de bebidas diversas e enquanto eu e o Regis nos recolhemos cedo depois de quase morrer de tanto comer, a galera ficou lá fora bebendo e comemorando e vez ou outra eu acordava com a algazarra, mas voltava a dormir novamente. Sei que alguns exageraram a ponto de a meia noite surgirem convites para ver disco voador colorido à beira do abismo. Mas nada se comparou ao “VGN Valita Vagner”, que passou a noite inteira espremendo laranjas. Dá barraca de onde estávamos, só ouvíamos suas “gorfadas” que iam parar na cabeça dos turistas lá no litoral. Parecia um espremedor de laranjas em ação, vomitando no mundo e até na cabeça do próprio Trovo, seu companheiro de barraca avistador de nave espacial.

          É mais um lindo dia que nasce e antes que o sol explodisse no horizonte, o grupo já estava de pé para saudá-lo, menos o Vagner que ainda estava às voltas com fabricação de suco de laranja, aliás, ele mal parava em pé e essa ressaca ia perdurar pelo menos até a metade daquele dia. Com a iluminação da manhã, novos cenários vão surgindo  e novos ângulos vão nos dando a dimensão desse lugar. Fica até impossível escolher o melhor ângulo para uma foto diante de tantas possibilidades. E estar no topo da Pedra do Espelho é ter o privilégio de avistar um mundo diferenciado e de cima daquele pico isolado, o litoral Paulista em nada parecia com aquele lugar agitado, ali de cima o silencio reina absoluto e é possível ficar olhando aquela paisagem pela eternidade sem se cansar.



          Já havíamos feito as medições do cume do Alto Grande e instalado um livro de cume nele, mas para completar o serviço, também levamos uma capsula para deixarmos um livro no Espelho e aproveitamos também para atualizarmos a marcação de altitude. Pelas cartas topográficas e satélite, imaginávamos que a altitude pudesse chegar a ultrapassar a linha dos 1500 metros e realmente estávamos totalmente certos quanto a nossa expectativa. Quem chega já vê que existe uma pequena elevação uns 50 metros afastado das bordas, que o Thiago disse se chamar Cabeça do Tigre, mas minha imaginação não conseguiu saber de que tigre se tratava, mas mesmo assim é uma elevação muito pequena e irrelevante, então resolvemos proceder as marcações na borda da montanha, onde o mundo acaba em abismos colossais e foi lá também que escolhemos para instalar o LIVRO DE CUME, onde o amarramos em um pequeno arbusto para que não seja levado pelo vento e foi ali que travamos nossos GPS  e marcamos a altitude que nos deu PEDRA DO ESPELHO – 1504 METROS de altitude acima do nível do mar, o terceiro maior cume de Ubatuba e também de toda a Serra do Mar Paulista.

 

 

          A gente se apegou aquela montanha de tal maneira que ninguém fazia menção de descer, ficamos todos reunidos ali nas suas bordas vislumbrando e conversando sobre expedições futuras na Serra do Mar, mas chega uma hora que é preciso voltar para o mundo dos homens e alguém nos acorda daquele sonho e avisa que é hora de descermos, porque ainda teremos um longo dia de caminhada pela frente. Devagar e meio contrariados, fomos desmontando as barracas, tomamos café, jogamos tudo para dentro das mochilas e partimos rumo a Paratí. Aliás, quando acaba  o cume plano do Espelho e entramos na mata, automaticamente estamos também cruzando a linha imaginária que separa São Paulo do Rio de Janeiro e como agora estamos descansados e bem alimentados, a descida do cume em direção ao interior mais plano da floresta é feita numa velocidade inimaginável e o sofrimento do dia anterior, desta vez vira um bonito passeio sombreado e os 3 km até o rancho é feito com os pés nas costas, em meio a muita conversa e descontração de todo o grupo e até o Vagner já se recuperou e voltou a ser o VGN de sempre.

 

          Chegando à bifurcação acima do rancho, desta vez pegamos para a direita, vamos começar a descer o VALE DA TOCA DO OURO em direção a Parati. A trilha se enfia mata à dentro e vai alternando entre grandes descidas e pequenas subidas, mas sempre perdendo altitude, mesmo que sejam mínimas. É uma caminhada gostosa e sombreado e por não exigir muito esforço e a gente ainda estar com o nível de energias lá no alto, vamos ganhando terreno com uma certa velocidade, até que uma hora depois de termos pego essa trilha principal, galgamos uma subida exposta até sermos obrigados a nos desfazermos das nossas mochilas e pararmos para contemplarmos a PEDRA EMPILHADA. Essa formação rochosa é belíssima, num cenário de sonhos, sendo uma pedra arredondada, sustentada por outra quadrada, no início de um vale aberto, donde montanhas pontudas e picos bicudos, emolduram uma paisagem incrível.


         

          Diante daquele cenário ninguém quer ir embora e cada qual busca o melhor ângulo para uma boa foto e com a ajuda do Thiago, consigo ir ao cume da rocha redonda e depois um a um foram brincar de escalar o monumento rochoso e aproveitando a parada, nos detemos mais um pouco para comer alguma coisa e descansar numa sombra. Quando retomamos a pernada , nossa direção que era sudeste , virou drasticamente para o sul, mas 300 m depois vai dar uma guinada e seguir para o leste, ainda continuando em campo aberto, com montanhas e paredões nos acompanhando pelo lado esquerdo do vale , mas depois de queimar o couro em campo aberto, voltamos para mata e caminhamos por uns 500 metros de sombra até  voltarmos novamente para o sol e mais 500 metros darmos de cara com um rio que veio para salvar nossa pele e nossa garganta já seca.


          Aquele era mais um rio bucólico dessas serras, água cristalina onde alguns resolveram se jogar e se refrescar de vez, enquanto outros resolveram usar o tempo para tirar as botas e apenas refrescar os pés. Do outro lado do rio, um rancho de madeira bem construído faz inveja a quem gostaria de largar tudo e passar uma boa temporada longe da civilização e nossa trilha começa por atravessar o próprio rio, contornar a casinha de madeira e ganhar novamente a descida entre grandes rochas e caminho desimpedido, hora ou outra tendo de correr de alguma vaquinha mais perigosa. A caminhada segue, mas agora estamos bem próximo do fundo do vale com o Rio do Ouro emoldurando a paisagem e menos de uma hora de caminhada já estamos novamente atravessando mais um capão de mata e passando encima de outro afluente, mais uma pausa para m gole de água e um refresco.


          O dia vai passando e a gente enfurnado dentro daquele vale sem ver uma viva alma além de nós mesmo. Uma meia hora depois, desde o último riacho, nos enfiamos mais uma vez dentro da floresta e sem aviso prévio, somos apresentados a tal TOCA DO OURO que nomeia esse vale incrível. Antes da Travessia, ainda nas conversas de organização, eu perguntava para o Alan sobre que raios de toca seria essa que dava nome ao vale e ele sempre desconversava, então a chegada a esse marco natural acabou por se tornar uma surpresa muito agradável para mim, achei um cenário bem marcante e bem interessante, mais um lugar para um bivac em caso de emergência, aliás, atravessar esse vale é muito possível sem ter que carregar uma barraca, apenas usando os abrigos naturais como moradia provisória .

 

          Mais 2 km vagando por campos aberto nos leva até um outro bonito rancho, vazio por sinas, aí o contornamos pela esquerda, passamos a descer bruscamente até passarmos embaixo de uma grande rocha e mais uma vez adentrarmos floresta à dentro, onde outro grande córrego nos convida para um banho mais demorado. A tarde já se anuncia e o calor vai batendo seus recordes nesse inverno e nossa energia já não é mais a mesma, muito porque estamos caminhando desde as nove da manhã e o terreno parece não querer perder altitude. Ao longe vemos Paratí e seu aeroporto e sua linda baia, mas a sensação é que o mar foge da gente. Abandonamos o riacho pelo lado errado, mas logo descobrimos que era hora de cruzar o Rio do Ouro para seu lado esquerdo e quando fizemos isso, tivemos que engolir uma subida que não esperávamos ter que enfrentar.

Confira  a  parte    3   e final    amanhã , dia 1 de Agosto 

 


FONTE :  https://www.mochileiros.com/topic/88551-travessia-alto-grande-x-espelho-cume-da-serra-do-mar-ubatuba-sp/


Observação  peço licença Divanei Goes de Paula   membro do site :  Mochileiros.com para compartilhar aqui essa belissima matéria  , a qual é de suma importância para todos nós ubatubanos, ubatubenses, caiçaras, turistas e amantes de Ubatuba SP.

Em tempo não foi possivel compartilhar aqui as imagens originais da matéria , pois não foi possivel do site original baixa-las ou copia-las para poder compartir aqui .






terça-feira, 30 de julho de 2024

EMPRESA QUE ATUA EM CARAGUA E SÃO SEBASTIÃO ASSINA CONTRATO EMERGENCIAL DE 12 MESES COM UBATUBA

 



De  acordo com o Diário do Transporte, a Santa Cecília Turismo LTDA (Sancetur), que usa o nome fantasia de SOU Transporte, teria assinado, na última sexta-feira (26), um contrato emergencial com a Prefeitura de Ubatuba para o serviço de transporte público coletivo por 12 meses na cidade, no valor de pouco mais de R$ 23,3 milhões.
A VerdeBus encerrou o contrato com Ubatuba na quinta-feira da semana passada (25), mas continua operando na cidade, sem que a prefeitura tenha dado maiores detalhes sobre a situação. A SOU Transporte já atua na região, nas cidades de Caraguatatuba e São Sebastião.
Em Caraguá, a prefeitura informou que a Expresso Fênix, antiga administradora, pediu para transferir os deveres e direitos da operação em maio deste ano, e a Sancetur assumiu usando os mesmos veículos da antiga empresa. Já em São Sebastião, a empresa começou a operar de forma emergencial em 2021 e, no final de 2022, venceu a concorrência por mais 15 anos na cidade.
A Sancetur tem sede em Paulínia e foi criada em 1992, atendendo atualmente diversos municípios do interior do Estado de São Paulo, como Americana, Atibaia, Indaiatuba, Limeira e Valinhos, além de oferecer transporte escolar em Americana, Indaiatuba, Paulínia e outras localidades.
A Rádio Costa Azul entrou em contato com a Prefeitura de Ubatuba e com a Sancetur, mas ainda não obteve retorno.
📸 : Sancetur

FONTE : RADIO COSTA AZUL FM UBATUBA SP

Polícia Federal cumpre busca e apreensão contra investigado pelo crime de abuso e exploração sexual infanto juvenil pela internet, em Ubatuba

 

A Polícia Federal de São Sebastião-SP cumpre, na manhã desta terça-feira (30/07), um mandado de busca e apreensão em Ubatuba-SP, bairro Ipiranguinha, em desfavor de homem de 52 anos pela prática do crime de abuso sexual infanto juvenil pela internet (“pedofilia”).

As investigações fazem parte do trabalho da Polícia Federal no combate à aquisição, armazenamento, disponibilização e compartilhamento de material na internet que contenha imagens ou cenas de abuso ou exploração sexual infantil e faz parte da Operação Leafdown de âmbito nacional.

Durante as buscas, foram localizadas imagens de abuso e exploração infanto juvenil no computador do investigado. Sendo assim, foi realizada a prisão em flagrante do indivíduo.

A Polícia Federal atua incansavelmente no combate aos crimes cibernéticos que violam a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Para tanto, possuímos unidades em todos os estados do país dedicadas ao combate dessa modalidade delitiva.

Na data de hoje a Polícia Federal realizou nas cinco regiões brasileiras a deflagração da Operação Leafdown, destinada essencialmente ao combate do armazenamento e difusão de material de abuso sexual infantil, modalidades criminosas que tiveram um enorme aumento no último ano.

O nome da Operação – Leafdown – faz referência ao trabalho investigativo de derrubada de usuários que atuam em ambiente cibernético específico para a aquisição de material de abuso sexual infanto juvenil quanto disponibilização desses tipos de arquivos para outros usuários/criminosos, inclusive se outros países.

Em tese, os investigados responderão pelos crimes de armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil (arts. 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069, de 1992).

A Polícia Federal alerta aos pais e responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar seus filhos no mundo virtual e físico, protegendo-os dos riscos de abusos sexuais. A prevenção é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes.

Fonte: Polícia Federal 

Ubatuba promove o Festival Gastronômico, que celebra a cultura caiçara

 

15º Festival Gastronômico celebra não apenas a rica diversidade culinária regional, como promove a valorização dos ingredientes locais

Com algumas das praias mais famosas da Região Turística Litoral Norte, o município de Ubatuba já está preparado para receber o 15º Festival Gastronômico, evento que celebra não apenas a rica diversidade culinária regional, como promove a valorização dos ingredientes locais e a cultura caiçara. De iniciativa do Ubatuba Convention & Visitors Bureau, o evento acontece de 2 de agosto a 15 de setembro e reúne mais de 80 restaurantes de Ubatuba, além de 12 pequenos produtores e fornecedores de alimentos locais que aquecem os dias do inverno, com propostas que deleitam os paladares mais exigentes.

Com 92.980 habitantes e 102 praias, Ubatuba tem algumas das praias mais famosas da região

Durante o festival, chefes renomados e talentos locais se unem para apresentar pratos que destacam a autenticidade dos ingredientes da região. Desde frutos do mar frescos até produtos cultivados nas comunidades locais, cada prato conta uma história de tradição e sabor. O Concurso de Receitas é o ponto alto do evento, onde 15 chefes de cozinha renomados avaliam os pratos apresentados. Haverá também muitas festas, feiras e mais de 14 cursos e seminários de capacitação para Estabelecimento Gastronômico e público em geral, reconhecendo e premiando as melhores criações que exaltam a culinária caiçara, brasileira tradicional e internacional.

Além das degustações, o festival oferece uma programação diversificada de palestras focadas em gastronomia sustentável, valorização de ingredientes locais e técnicas tradicionais da cozinha caiçara, oferecidos por parceiros e empresas de renome. Essas atividades não apenas educam e inspiram, mas também promovem a preservação cultural e ambiental da região. Este evento não apenas atrai visitantes ávidos por descobrir novos sabores e experiências, mas também contribui significativamente para a economia local, incentivando o comércio de produtores locais, restaurantes e empresas de hospedagem.

Criações da culinária caiçara

DownloadGoverno de SP
Praia em Ubatuba
Ubatuba tem atrações para todos os gostos e bolsos, além de disputadas praias tranquilas (Enseada, Domingas Dias) e agitadas (Praia Grande, Tenório)

O pesquisador Heyttor Barsalini da história da alimentação brasileira desde 2013 afirma que o café adoçado com garapa, a cachaça, o pato ensopado – comido com arroz vermelho –, o omelete de siri, o pixé, o raluá, o licor de pitanga, o suco de cambuci, o doce de mamão verde, as ovas fritas de tainha, o virado de feijão guandu, o viradinho doce de banana, a sopa d´água com sapreso, a sardinha preparada na chapa do fogão a lenha, o nhoque de mandioca e tantas outras iguarias também são importantes criações da culinária caiçara.

Com 92.980 habitantes e distante 220 km da capital paulista, a Estância Turística de Ubatuba tem algumas das praias mais famosas da região, com atrações para todos os gostos e bolsos, além de disputadas praias tranquilas (Enseada, Domingas Dias) e agitadas (Praia Grande, Tenório). Ao todo, são 102 praias.

Para o turista que gosta de refúgios naturais, o destaque fica para a famosa Ilha Anchieta, com praias e trilhas com a natureza preservada, e chega-se a esse paraíso por meio de escunas. O nome Ubatuba, em tupi guarani, significa “terra de muitas canoas” (de onde “ubá” = canoa e “tuba” = lugar com muita quantidade).


FONTE :  https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/ubatuba-promove-o-festival-gastronomico-que-celebra-a-cultura-caicara/


ACIDENTE GRAVE NA RODOVIA UBATUBA - CARAGUATATUBA COM VITIMA FATAL

 


Um homem de 58 anos morreu em um grave acidente de trânsito na noite deste domingo (28) no bairro Maranduba, em Ubatuba.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, a batida ocorreu no km 80+100 da Rodovia Dr. Manoel Hipólito do Rego. O veículo da vítima seguia no sentido centro de Ubatuba, enquanto o ônibus estava no sentido Caraguatatuba.
O coletivo era fretado e vinha de Trindade, Rio de Janeiro, onde havia passado o dia, seguindo para Campinas. O condutor do veículo teria invadido a pista contrária e colidido frontalmente contra o ônibus, que não conseguiu desviar totalmente. A vítima, moradora do bairro Maranduba, foi projetada para fora do veículo no momento da colisão.
O condutor do ônibus foi submetido ao teste do etilômetro, que deu resultado zero para uso de álcool. A perícia compareceu ao local e irá investigar o acidente.
📸: Polícia Rodoviária Federal

Matéria Radio Costa Azul FM Ubatuba SP

TRAVESSIA ALTO GRANDE X ESPELHO: Cume da Serra do Mar - UBATUBA-SP - Primeira parte

 


Pedra  do Espelho - Essa imagem não faz parte da matéria original aqui publicada , aqui ela está para ilustrar . Imagem Jacuy.net



        ALTO GRANDE X ESPELHO

          Estávamos à beira do abismo colossal quando ele apareceu, vindo sei lá de onde. Como um dragão cuspidor de fogo, parecendo ter saído das páginas do apocalipse, veio em nossa direção, sobrevoou os vales do Rio Cachoeira, Puruba e Verde, passou próximo da Montanha mais alta de toda a Serra do Mar Paulista e botou força nos seus motores e suas hélices. Ninguém sabia o que estava acontecendo, uns gritavam que era a Polícia Militar, outros insistiam que se tratava da Federal, eu mesmo só pensava em não cagar nas calças diante daquela cena dantesca e inusitada. Aquela era sem dúvida uma das montanhas mais isoladas de Ubatuba, lugar onde pouca gente já teve a honra de botar os pés e o seu nome refletia a angustia presente no olhar de cada um daqueles dez aventureiros que ali estavam, depois de uma jornada duríssima até o seu cume, esquecido pela civilização. Quando pairou sobre nossas cabeças, há 5 metros do chão, eu pensei em fugir, mas atrás de mim uns 500 metros de vazio me dizia que era caminho sem volta e aquela frase clássica escapou da minha boca num sussurro quase inaudível: “ AGORA FUDEU! Agora fudeu de verdade “ 


          Se fizéssemos uma pergunta sobre qual o CUME da Serra do Mar de São Paulo, muitos daqueles que estão acostumados com os esportes de aventura e detêm um mínimo de conhecimento, vão dizer logo, com razão, que essa montanha é sem dúvida o TIRA CHAPÉU ( 2088 M) , mas outros poderiam contestar e chutariam que a mais alta é a Pedra da Bacia( 2090 m , mas nunca provado) , as duas turística e de fácil acesso, situadas lá pelas bandas de São José do Barreiro, no Parque Nacional na Serra da Bocaina. Pois bem, mas quando nós dizemos Serra do Mar Paulista sempre estamos nos referindo a sua parte litorânea, seu espigão fantástico, coberta de florestas quase intocadas, de onde rios selvagens escorrem do planalto em direção ao mar, num dos mais lindos ecossistemas do mundo. Dos 16 municípios que compõem o nosso litoral, QUAL SERIA A MONTANHA COM MAIOR ALTITUDE E ONDE ESTARIA LOCALIZADA, ou seja, QUAL O CUME DA SERRA DO MAR PAULISTA, em todo seu litoral?

 Como disse a previsão, o dia amanheceu lindamente ensolarado e pouco depois da 6 da manhã já estávamos de pé, bem a tempo de dar explicações para um dos habitantes da fazenda que deve ter se assustado com nossa invasão. Estávamos apreensivos porque uma fonte havia nos dito que os fazendeiros estavam barrando quem se atrevesse a passar por suas terras rumo aos picos, mas fomos atendidos muito bem pelo seu Lourival, com toda simplicidade do homem do interior que nos recebeu com um cafezinho quente e ainda nos ofereceu para guardar nossos carros. Pouco depois das sete já estávamos prontos para partir, jogamos as mochilas às costas e nos pusemos a caminhar pelos Campos de Cunha, sua direção a partir de agora era para o alto, em busca do Cume da Serra do Mar Paulista.

          Nossa jornada começa por adentrarmos um portão de fazenda do lado direito da estrada, ganha logo uma casa e intercepta uma trilha que vai atravessar uma língua de mata em direção ao sul e uns 800 metros depois viramos à direita numa cama de pinhões, um amontoado de sementes da araucária, disposta em um cercado, que não faço a mínima ideia para que serve. Cruzamos mais alguns metros de mato e subimos o barranco e começamos a ganhar altitude de vez, sempre acompanhado alguma trilha de cavalo. Perdemos um pouco de altitude e descemos à um riacho onde aproveitamos para um gole de água e voltamos a subir, atravessamos uma cerca e nos enfiamos num corredor de samambaias mais alto até sairmos de frente para um vale bonito de onde se descortina grandes montanhas a nossa frente, que revelam toda a beleza desses Campos de Cunha.


 

          O sol já se mostra impiedoso mesmo sendo ainda muito sedo e a próxima subida já não é feita no mesmo ritmo das anteriores. Cruzamos uma porteira e quando nosso GPS marca 1480 metro de altitude nos diz que já andamos quase 4 km desde a fazenda, tropeçamos na placa que delimita a divisa entre Cunha e Ubatuba e ao mesmo tempo nos diz que estamos entrando no Parque Estadual da Serra do Mar, geograficamente tudo que havíamos estudo acaba confirmando que estamos no rumo certo e aproveitando que a trilha entra na mata fechada, descemos por mais 300 metros até desembocarmos bem no meio de um vale, juntamente a nascente de uma das pernas do Rio Puruba, que na carta topográfica consta como Rio Cachoeira, hora de parar, sentar, tomar um gole de água e morder alguma coisa.


          Geograficamente estamos num bico do mapa bem nos cafundós mais distantes de Ubatuba, encima do Planalto Paulista. E é mesmo surpreendente estar ali naquele riacho onde o rio Puruba pode ser cruzado com a água pela canela. Mais surpreendente ainda foi a capacidade que tivemos em unir dessa vez tanta gente diferente umas das outras, um dos grupos mais heterogêneos que já formamos, mas uma coisa acaba igualando todo mundo que ali estava: A PAIXÃO INCONTROLÁVEL PELA SERRA DO MAR DE SÃO PAULO, gente capaz de largar tudo por uma aventura nessas montanhas e florestas e esse amor incondicional acaba por ligar essa gente a ponto de se tornarem quase uma família.

          Como eu já havia dito, os caras que puxavam a fila eram o Thiago Silva e o Alan Flórido, sendo o Thiago o único que já estivera no Alto Grande. A nossa jornada continua agora por uma trilha estreita no meio da mata sombreada, mas como havia sido uma semana chuvosa, o caminho era uma lama só e parar em pé era um desafio do tamanho daquelas montanhas que buscávamos. Quando a subida começou de verdade, o grupo se fragmentou e alguns ficaram para trás e como a subida não faz distinção de idade, velhos e novos se alternavam como cú de tropa, experientes e novatos arrastavam suas línguas no chão até que sem prévio aviso ela surgiu à nossa frente e sorrindo nos chamou para uma conquista, mas antes era melhor estacionarmos por um momento sobre uma grande pedra no caminho à 1579 m, juntar todo o grupo antes da subida final. Pelo meu gps aquela pedra que marcava a saída da trilha principal para ascendermos ao cume, marcava também a divisa de Ubatuba com Paratí, portanto, dividia também São Paulo do Rio de Janeiro e ia muito mais além, dividia Parque Estadual da Serra do Mar do Parque Nacional da Serra da Bocaina  e essa informação era o “X” de toda a questão, porque sempre pairava uma dúvida se o cume ficaria ou não em terras Paulistas e agora diante dos nossos olhos , na palma das nossas mãos, a confirmação final e incontestável diante da tecnologia, faltava agora confirmar a altura aproximada do Cume, distante menos de meia hora de onde estávamos.


          Escondemos as mochilas no mato, mas nem precisava, e adentramos na mata rala em direção ao cume. Uns 200 m mais acima, um grande amontoado de pedras nos dá uma visão maior. O horizonte já se ampliou consideravelmente e já é possível avistar a Serra da Mantiqueira e seus famosos cumes, além da baia de Paratí e a cumeada da Bocaina. A subida final é suave, passa por uma toca e só aí começa a inclinar de vez, atravessamos um capão de mata mais fechada e desembocamos de cara com duas grandes rochas, uma do lado esquerdo e outra do lado direito e uma delas marca geograficamente o CUME DO LITOAL PAULISTA.

          Durante anos eu olhei para os mapas e cartas e agora diante dos meus olhos aquilo que era apenas um ponto aleatório, se materializou na minha frente. Para muitos poderia ser apenas uma pedra jogada no cume de um morrote qualquer naquele fim de mundo perdido encima do Planalto Paulista de Ubatuba, mas para mim era a consolidação de uma busca de anos, porque foram muitas noites de sono perdidas estudando mapas, buscando informações onde elas estivessem e agora nós estávamos prestes a fincar os pés naquele cume lendário. Um a um, fomos nos agarrando a qualquer coisa que desse sustentação e como era um cume não muito grande, nos amontoamos em grupos sobre ele e um abraço coletivo marcou a CONQUISTA FINAL, o CUME MAIS ALTO DA SERRA DO MAR PAULISTA era nosso, o ALTO GRANDE agora não era só uma montanha isolada nas bordas da serra, acabará de ganhar outro patamar com a nossa presença, não éramos nem de longe os primeiros, mas coube a nós revelá-la ao mundo da Aventura e talvez mudar a geografia da Serra do Mar que de agora em diante e para todo o sempre e para o conhecimento de todos, tem um cume oficial, não só o mais alto de todo o litoral, mas também o mais alto de UBATUBA.

 

    (Alto Grande)

          Na realidade o Cume é composto por essas duas rochas, mas a da esquerda é levemente maior, então foi nela que juntamos os 3 GPS para uma medição oficial, claro que é uma medição aproximada e num futuro, poderá se usar equipamentos ultramodernos e precisos, mas os números que achamos condiz com o que estão nas cartas, nas análises das curvas de nível. Juntos e no mesmo local os nossos equipamentos marcaram praticamente a mesma coisa, com uma miséria diferença de 1 metros entre os 3 equipamentos, então diante disso, o número estabelecido para a altitude do ALTO GRANDE foi de 1.662 metros acima do nível do mar. Se a rocha da esquerda é o cume da serra, foi a rocha da direita que escolhemos para instalar o nosso LIVRO DE CUME, bem debaixo de uma pedra, protegido da chuva e do vento e de qualquer outras intemperes do tempo, foi uma doação nossa, um presente para Serra do Mar Paulista.


          Tirando a importância geográfica dessa montanha, nós sinceramente não achávamos que teríamos algum visual que prestasse, pensávamos que seria um cume cercado de mato por todos os lados, porque é assim que ele se apresenta nas fotos de satélite, mas nos enganos bonito e se não é possível daqui ver o mar de Ubatuba e o litoral Paulista, vamos ter as vistas soberbas da Baia de Paratí, das montanhas que fecham o vale da Toca do Ouro , de toda a cadeia de montanhas da Bocaina, inclusive com a Pedra da Macela e o Pico do Frade, além da incrível Mantiqueira e seus ícones rochosos. Olhando para o sul/sudoeste, que é a direção do litoral Paulista, vamos ver uma sequência de montanha com cerca de 100 metros mais baixa que o Alto Grande, mas por incrível que pareça, uma delas reina como o segundo ponto mais alto do nosso litoral, com altitude em torno de 1550 metros, mas por não parecer ter nenhum cume rochoso, essa espécie de k2 da Serra do Mar, que resolvi então chamar de UB 2, por pertencer a Ubatuba, decidimos não perder tempo com ela, nosso próximo objetivo então seria o terceiro cume nessa hierarquia , a não menos fantástica e LENDÁRIA , PEDRA DO ESPELHO, de onde o mar de São Paulo te convida para um deslumbramento inesquecível.


          O dia quase se aproximava da sua metade quando abandonamos o Alto Grande. A descida foi rápida e sem entreveros e assim que chegamos na bifurcação, não perdemos tempo e pegamos logo para a direita e não demora muito a trilha já volta a entrar na mata fechada e entre sobe e desce, intercepta algum riachinho mais caudaloso. É uma trilha bem consolidada porque vai percorrer todo o vale até Paratí, 20 km de pernada que teremos que fazer na manhã seguinte, mas hoje o objetivo é abandoná-la em favor de outra trilha que nos levara direto para o sul em direção a Pedra do Espelho. Uma hora de caminhada desde o Alto Grande, nos faz sairmos em campo aberto e já é possível avistar a imponência do Espelho assim que cruzamos uma porteira. Os nosso “guias” sussurram que está perto, mas não passa de conversa fiada, logo se vê que a montanha está lá na puta que o pariu, mas eu mesmo me enganei ao fazer essa análise de distância, nunca vi puta que o pariu ser tão longe.


            ( Rumo a Pedra do Espelho)

          A trilha começa a descer bruscamente em campo aberto e agora o grupo voltou a se fragmentar, porque alguns fizeram questão de ficar apreciando o visual e angariar umas boas fotos. Vamos perdendo altitude até que ela volta a entrar na mata e quando chega a uma outra bifurcação, nos detemos por um instante até que todo o grupo se juntasse novamente. Nessa bifurcação vamos pegar para direita e abandonar a trilha principal. Então descemos a ribanceira até sairmos novamente em campo aberto junto a um rancho e um bucólico riacho e subimos a colina à frente até pararmos no mirante do vale, hora de nos determos por mais um momento e apreciarmos as paisagens até onde a vista alcança.


          A chegada ao mirante marca definitivamente o fim da trilha, de agora em diante é só mato no peito e as vezes alguma picada ou outra, mas sem gps não se vai a lugar nenhum. Reunido todos ali já se vê que o cansaço já tomou conta de boa parte do grupo. Viajamos quase a noite toda, dormimos quase nada e nos alimentamos muito pouco e a maioria não vê a hora de esticar o esqueleto, mas a pior parte da trilha ainda estava por vir. Deixamos o descampado e caímos logo na capoeira, uma mata fechada e não deu nem 5 minutos para o Daniel Trovo soltar um galho no olho do Vagner e aí tivemos que nos deter por um tempo para prestar os primeiros socorros, mas isso não foi nada porque o Vagner ia “tomar no zóio” mesmo era lá no cume do Espelho. Restabelecido o moribundo, seguimos enfrente, sempre rumando para sudoeste, descendo e subindo pequenos vales, cruzando riachos e atravessando vegetação fechada.

          A quilometragem total não passa de míseros 3 km desde o rancho , mas para quem já está no bagaço, 100 metros subindo é uma tortura. O calor tá de matar e a umidade acaba por ir minando a energia da gente. Alguns já vão ficando para trás, Luciano perna manca e joelho podre, assume a rabeta de vez e pega para si o título de cu de tropa da subida final. Rafael é só mais um zumbi vagando sem rumo tentando acompanhar o grupo, ao seu lado, Paulo Potenza vai tentando lhe dar um conforto psicológico, mas não demora muito para ele anunciar que o Rafa teve um mal súbito e agora jaz ali caído no meio da mata a espera do SAMU. Um km depois nosso caminho se vira para o sul e embica para cima e os “fi duma égua” do Thiago e do Flórido anunciam que logo estaremos passando pela última água antes do cume, mas, ou se enganaram ou estavam de onda com a nossa cara, porque essa água nunca chegava, passávamos por centenas de riachos, mas nunca era o último.

          O tempo vai passando e cada vez mais a língua da maioria vai se arrastando pelo chão, tirando 2 ou 3 novinhos, o resto arrasta seu sofrimento montanha acima e o problema não é por estarem fora de forma, mas é que no primeiro dia sem dormir e como a tarde já bate as portas, aquela leseira vai se acentuando, a fome vai tomando conta e quando é anunciado que o último ponto de água chegou, enchemos todos os reservatórios e sem perder tempo começamos a galgar a rampa final rumo ao cume. Até caras forte como Trovo e Régis já vão dando sinal de fraqueza e o Maurício é outro que resolveu trazer comida para todo mundo e se enrosca carregando uma mochila muito acima do necessário. Mas eu não, apesar de me manter firme no grupo de elite que vai à frente, meus quase 50 anos já viraram 100 faz tempo, minha perna direita resolve que não iria subir mais e fez corpo mole, se acabando em câimbras. Sem querer pagar mico e pedir para o grupo parar na reta final, apenas dou ordem para que minha perna esquerda se vire e araste a direita e quando um grande clarão surge no meio das árvores logo vem o grito do homem à frente: “CUME GALERA”.

 

Observação:    Confira   a  segunda parte  amanhã  31  de  Agosto.


FONTE :  https://www.mochileiros.com/topic/88551-travessia-alto-grande-x-espelho-cume-da-serra-do-mar-ubatuba-sp/


Observação  peço licença Divanei Goes de Paula   membro do site :  Mochileiros.com para compartilhar aqui essa belissima matéria  , a qual é de suma importância para todos nós ubatubanos, ubatubenses, caiçaras, turistas e amantes de Ubatuba SP.

Em tempo não foi possivel compartilhar aqui as imagens originais da matéria , pois não foi possivel do site original baixa-las ou copia-las para poder compartir aqui .


Golfinho-pintado-do-Atlântico é resgatado em Ubatuba

 

No último domingo, dia 28 de julho, a equipe de resgate do Instituto Argonauta, instituição executora do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no litoral norte de São Paulo, atendeu um acionamento do Corpo de Bombeiros de, sobre um golfinho encalhado na praia de Itamambuca, em Ubatuba/SP. Imediatamente a equipe se deslocou até o local para avaliação e realização dos primeiros atendimentos clínicos do animal, identificado como um filhote macho da espécie golfinho-pintado-do-atlântico (Stenella frontalis), medindo 135 cm e pesando cerca de 22 kg.

O golfinho foi encontrado debilitado, não conseguindo nadar sozinho e hipotérmico, sendo necessário transferi-lo para o Centro de Reabilitação e Despetrolização do Instituto Argonauta, em Ubatuba para melhor avaliação e atendimento.

Desde então, o animal está em tratamento, em uma piscina apropriada para golfinhos, onde são realizados os exames necessários, sendo monitorado pela equipe 24h por dia, recebendo medicação, alimentação e todos os cuidados necessários. Não é possível afirmar o motivo pelo qual o filhote se perdeu de sua mãe, mas infelizmente, ao longo dos 26 anos de atuação do Instituto Argonauta, já foram atendidas outras ocorrências semelhantes.

Sobre os Golfinhos-pintado-do-atlântico

Os Golfinhos-pintado-do-Atlântico são animais de pequeno porte, podendo medir até 2,3m de comprimento. As fêmeas pesam entre 39 e 127 Kg e os machos entre 50 e 143 Kg. Sua dieta é carnívora, alimentando-se de diversas espécies de peixes, lulas, e crustáceos.

A coloração corporal é cinza-clara, de dorso mais escuro. Sua pele possui um aspecto todo pintado, de manchas escuras onde é mais claro e manchas claras onde é mais escuro. As pintas surgem à medida que se tornam adultos.

Esta espécie é endêmica do oceano Atlântico, Golfo do México e Caribe. Vivem preferencialmente próximos à costa. No Brasil, existem registros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará.

Mesmo com poucos dados sobre seu status de conservação, o Golfinho-pintado-doAtlântico sofre muito com a interferência humana, devido a seus hábitos serem preferencialmente costeiros. Alguns exemplos de impactos antrópicos são: pesca acidental, aquecimento global, poluição marinha e perda de habitat.

Fonte: Instituto Argonauta